Vacina impede ação da cocaína e do crack
Substância instrui o sistema imunológico do dependente a atacar as moléculas de droga; tratamento obteve sucesso em macacos e será testado em humanos
por Marcos Ricardo dos Santos
Cientistas americanos anunciaram a criação de algo que pode
revolucionar as políticas de combate a drogas: uma vacina capaz de
anular o efeito da cocaína e do crack. Ela foi desenvolvida pela
Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, e já foi testada com
sucesso em ratos e macacos. Os pesquisadores manipularam o vírus que
causa gripe comum - ele foi acoplado a uma molécula artificial, criada
em laboratório, que tem exatamente o mesmo formato da molécula de
cocaína. Em seguida, esse vírus foi injetado em cobaias. E algo incrível
ocorreu: o sistema imunológico dos animais criou defesa contra a
molécula. A partir daí, se o animal consumisse cocaína, ela era
destruída pelo organismo. Não chegava ao cérebro, e portanto não
produzia efeito. "Nós ensinamos o organismo a ver a molécula de cocaína
como intrusa", explica o geneticista Ronald Crystal, líder do estudo. A
vacina também funciona contra o crack.
Ela não causou efeitos colaterais, mas mostrou ter duração limitada: 13 semanas em ratos e sete em macacos. Não se sabe por quanto tempo se manterá eficaz em humanos (os testes em pessoas começarão em 2014). Além disso, a vacina não elimina a dependência química e psíquica - o dependente sente falta da droga e continua tendo vontade de consumi-la. A diferença é que, se ele fizer isso, não obterá efeito. Por isso, a vacina não dispensa o acompanhamento psicológico. Mas poderá ser de grande ajuda para quem luta contra o vício.
Ela não causou efeitos colaterais, mas mostrou ter duração limitada: 13 semanas em ratos e sete em macacos. Não se sabe por quanto tempo se manterá eficaz em humanos (os testes em pessoas começarão em 2014). Além disso, a vacina não elimina a dependência química e psíquica - o dependente sente falta da droga e continua tendo vontade de consumi-la. A diferença é que, se ele fizer isso, não obterá efeito. Por isso, a vacina não dispensa o acompanhamento psicológico. Mas poderá ser de grande ajuda para quem luta contra o vício.
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